terça-feira, 23 de maio de 2017

23 de maio - São João Batista de Rossi


“Como levar almas para o céu? Confessando-as.”


São João Batista de Rossi foi um mestre de espiritualidade. Sua ação apostólica fez-se notar sobretudo junto ao povo simples. Sua gente eram os pobres, os presos, os marginalizados, os desvalidos, fundou o albergue para as mulheres, dedicado a são Luis Gonzaga, seu santo predileto. Mesmo com a saúde fragilizada, nunca abandonou sua atividade evangelizadora. Sempre estava nas praças de Roma improvisando um sermão para os desocupados e à tarde quando o povo voltava do trabalho. A simpatia que ganhava do povo humilde dos subúrbios atraia ao seu confessionário longas filas de penitencia. Tinha o dom do conselho, era atencioso e paciente com todos os fiéis.

João Batista de Rossi nasceu no dia 22 de fevereiro de 1698, em Voltagio, na província de Gênova, Itália. Aos dez anos, foi trabalhar para uma família muito rica em Gênova como pajem, para poder estudar e manter-se e aos 13 anos mudou-se para Roma, onde permaneceu morando na casa de um primo que já era sacerdote e estudando no Colégio Romano dos jesuítas. Lá se doutorou em filosofia, convivendo com os melhores e mais preparados de sua geração de clérigos. Depois, os cursos de teologia ele concluiu com os dominicanos de Minerva.

Epilético e atingido por uma doença que lhe tomou os olhos, João Batista de Rossi é a representação da vontade que triunfa sobre a fragilidade e a doença que abatem o corpo. Em 1714 ingressou na vida religiosa, completando os seus estudos teológicos em Minerva.
Ordenou-se sacerdote no dia de 08 de março de 1721, dando início ao seu apostolado. Criou também a Pia União de Sacerdotes Seculares, que era anexa ao albergue de Santa Galha, onde mais tarde receberia duas personalidades do mundo romano. Depois inauguraria um albergue para mulheres dedicando-o a Luís Gonzaga, santo de sua devoção.
O seu rebanho eram os mais pobres, doentes, encarcerados e pecadores. Tinha o dom do conselho, era atencioso e paciente com todos os fiéis, que formavam filas para se confessarem com ele. O tom de consolação, exortação e orientação com que tratava seus penitentes atraía cristãos de toda a cidade e de outras vizinhanças. João Batista era incansável, dirigia tudo com doçura e firmeza, e onde houvesse necessidade de algum socorro ali estava ele levando seu fervor e força espiritual.
Quando seu primo cônego morreu, ele foi eleito para sucedê-lo em Santa Maria, em Cosmedin, Roma. Mas acabou sendo dispensado da obrigação do coro para poder dedicar-se com maior autonomia aos seus compromissos apostólicos.
Mesmo muito doente, reunia forças para continuar os seus trabalhos com os pobres. Não era difícil vê-lo realizando sermões para desocupados e também à tarde, quando as pessoas voltavam do trabalho. Assim conquistava a simpatia do povo que fazia longas filas para poder se confessar com S. João. Em santa Maria foi eleito cônego, mas o seu exercício já estava bastante comprometido pelo avanço de sua doença.

Morreu tão pobre que seu enterro foi custeado pela caridade alheia. Sacerdote, São João Batista de Rossi passou quase toda a vida em Roma, onde praticou eminentes atos de caridade e serviço aos pobres e aos prisioneiros.
Foi um grande apóstolo do confessionário.
Foi beatificado por Pio IX, que o sucedeu na Pia União dos Sacerdotes Seculares de Santa Galha. A 08 de dezembro de 1881, o Papa Leão XIII o canonizou.






Nenhum comentário:

Postar um comentário