quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

18 de janeiro - Beata Regina Protmann

A Beata Regina Protmann, Fundadora da Congregação das Irmãs de Santa Catarina, proveniente de Braniewo, dedicou-se com todo o seu coração à obra de renovação da Igreja entre os séculos XVI e XVII. A sua atividade, que brotava do amor a Cristo acima de tudo, desenvolveu-se depois do Concílio de Trento. Ela inseriu-se ativamente na reforma pós-conciliar da Igreja, realizando com grande generosidade uma humilde obra de misericórdia. 

Fundou uma Congregação que unia a contemplação dos mistérios de Deus ao cuidado dos enfermos nas suas casas e com a educação das crianças e da juventude feminina. Dedicou uma atenção particular à pastoral das mulheres. Com abnegação, a Beata Regina abraçava com o olhar clarividente as necessidades do povo e da Igreja. As palavras: «Como Deus quiser» tornaram-se o mote da sua vida. O amor ardente levava-a a cumprir a vontade do Pai celeste, a exemplo do Filho de Deus. Ela não temia aceitar a cruz do serviço quotidiano, dando testemunho de Cristo ressuscitado.
Papa João Paulo II – Homilia de beatificação – 13 de junho de 1999

Regina era filha de Peter Protmann e Regina Tingels, ambos descendentes de famílias ricas e católicas. Nasceu em 1552, na Polônia. Seu primeiro biógrafo, o jesuíta Engelbert Keilert, descreveu-a como elegante, forte, hábil; sabia ler e escrever. Seu tio era um dos membros do governo.
No século em que Regina viveu a Europa passava por intensas e tumultuadas mudanças: os movimentos da Reforma Protestante e da Contrarreforma da Igreja Católica. Foi o grande cisma que incluiu luta armada e dividiu a Cristandade entre católicos e protestantes.

Os pais proporcionaram uma boa educação intelectual, moral e religiosa à jovem. Era hábito da família se reunir à noite junto da lareira, onde o pai narrava a história dos povos, a vida dos Santos e ensinava religião aos filhos.

Regina era uma filha amorosa e obediente. Da vida dos Santos narrada por seu pai, era a de Santa Catarina de Alexandria, virgem e mártir dos primeiros tempos, a que Regina mais gostava, talvez porque esta Santa fosse padroeira de sua cidade e por ter sido batizada na Igreja dedicada a ela. Assim, no seu íntimo, havia decidido imitar a Santa em sua total adesão a Jesus.
Regina cresceu bonita, vaidosa e inteligente, apreciando as roupas elegantes, as diversões e festas, como todas as jovens de sua condição social. Graças à sua liderança, se sobressaia às demais amigas.

O forte chamado ocorreu aos 19 anos de idade. Regina deixou o conforto da casa paterna, renunciou a um vantajoso casamento e com duas companheiras foi morar numa casa quase em ruínas, à Rua da Matriz, para viver na oração, na penitência, na pobreza, e servir a Deus no próximo: os doentes, os pobres e as meninas abandonadas, carentes de instrução.
Isto atraiu muitas jovens desejosas de seguir a vida religiosa como ela. Regina criou escolas e com suas companheiras começou a tratar dos doentes em seus domicílios e em hospitais.
Após 12 anos de vida em comum, auxiliada pelos Padres Jesuítas, Regina elaborou uma Regra de vida para uma família religiosa contemplativa e ativa, algo inédito para aquele tempo, colocada sob a proteção de Santa Catarina de Alexandria, Virgem e Mártir, a qual foi aprovada pelo Bispo Martinho Kromer, em 18 de março de 1583.

Uns vinte anos mais tarde, de acordo com as necessidades e as orientações do Concílio de Trento, a primeira Regra foi reformulada e recebeu aprovação pontifícia em 12 de março de 1602, e sua obra passou a chamar-se Congregação de Santa Catarina. A fundadora foi eleita Superiora.

Além do Convento de Braniewo, Madre Regina fundou mais conventos em localidades vizinhas: Orneta, em 1586; Lidzbark, em 1587 e Reszel, em 1593.
Depois de 30 anos trabalhando pela expansão de sua obra, Madre Regina retornou doente ao seu primeiro convento de Braunsberg, após uma viagem realizada no inverno. Uma longa e sofrida doença causou seu falecimento no dia 18 de janeiro de 1613.

Somente três séculos após sua morte, em 1957, foi iniciado o processo para a sua beatificação. Foi beatificada durante a visita de João Paulo II à Polônia em 1999, na cidade de Varsóvia. 

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