quinta-feira, 21 de julho de 2016

São Lourenço de Bríndisi

Sacerdote, Doutor da Igreja, da Primeira Ordem (1559-1619). Canonizado por Leão XIII em 1881


"Todo dom, toda graça, todo benefício que temos e que recebemos continuamente, nós os recebemos por Maria. Se Maria não existisse, nós não existiríamos e não haveria o mundo"

“Cristo pela encarnação é o rio que brota da fonte perene; Maria é o aqueduto que conduz a água.”

“A missa é o meu céu na terra.”

São Lourenço nasceu em Brindes, Itália, a 22 de julho de 1559, aos seis anos de idade, o então menino Júlio César encantava a todos com o extraordinário dom de memorizar as páginas de livros, em poucos minutos, para depois declamá-las em público. E cresceu assim, brilhante nos estudos. 
Bem cedo ficou órfão de pai e foi recebido, ainda criança, pelos Franciscanos Conventuais, frequentando entre eles os estudos.
Perdeu a sua mãe quando tinha 14 anos de idade. Nessa altura, deixou a cidade onde nascera e também o seminário dos Conventuais e passou a viver em Veneza, na casa de um tio paterno. Ali, conheceu os Capuchinhos e pediu para ser recebido na Ordem.
Passou o ano de noviciado em Veneza, foi admitido à profissão religiosa. E começou a estudar Lógica em Pádua e em Veneza iniciou o estudo da Filosofia e Teologia.
Dotado de inteligência excepcional e levado pela sede insaciável de saber, aplicou-se em profundidade, sobretudo, nos estudos bíblicos. Dedicou especial cuidado às línguas bíblicas, que aprendeu com tal perfeição e provocava a admiração nos próprios rabinos.

A sua memória era verdadeiramente prodigiosa. Pode-se dizer que falava todas as línguas de então. Ordenado sacerdote em Veneza, onde recebeu a ordenação e assumiu o novo nome – Lourenço – foi-lhe confiado o ensino da Teologia. Pelo conhecimento das ciências sagradas, pelos dotes de orador e pela sua santidade, conquistou a estima de todos os sábios daquele tempo e de seus irmãos. Pelo conhecimento das diversas línguas, teve possibilidade de percorrer toda a Europa levando a toda a parte, mesmo a regiões onde proliferavam muitas heresias, uma palavra firme de verdade, de obediência e de fé. Foi eleito, diversas vezes, Ministro Provincial e Ministro Geral da Ordem.

Percorreu novamente (e a pé) grande parte da Europa, em visita aos seus irmãos, edificando-os com o exemplo da sua vida e com a sua palavra fervorosa. O segredo dos seus incontáveis recursos foi a devoção terna a Nossa Senhora, cujos privilégios e vida soube descrever com palavras de entusiasmo.
Clemente VIII chamou-o a Roma para o enviar à Hungria, Boêmia, Bélgica, Suíça, Alemanha, França e Portugal.
Foi pregador e embaixador junto de diversos soberanos de nações cristãs. Depois da Guerra, o Papa Paulo V mandou-o como embaixador de paz entre as potências cristãs frequentemente em guerra. Conseguiu conquistar o espírito dos mais turbulentos soberanos com a sua humildade, mansidão e a sua eloquência de homem habituado à oração e à penitência.

Dotado de temperamento enérgico e impulsivo, de habilidade, de oratória e força persuasiva, conseguiu trazer para a fé católica muitos protestantes e alguns hebreus. Em 1619, empreendeu sua última viagem à Península Ibérica, com a missão de paz junto do Rei Filipe III. Foi nesta missão que morreu, na cidade de Lisboa, a 22 de julho de 1619, no mesmo dia em que completava 60 anos de idade. Foi canonizado por Leão XIII em 1881 e, em 1959, foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa João XXIII, com o nome de Doutor Apostólico.

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