domingo, 17 de julho de 2016

Santo Aleixo


Abandonar tudo por Jesus? 

Aleixo, filho único do senador Eufemiano, italiano, nasceu em Roma, no ano de 350. Herdeiro de uma considerável fortuna, cresceu dentro da religião cristã. Desde a infância, ficou famoso por sua natural caridade, possuindo todas as graças e virtudes. Os pais, como era costume na época, cuidaram do seu enlace com uma jovem de excelente família cristã e ele mesmo contra a vontade, acabou se casando.

Porém, na noite de núpcias, sem consumar a união, e após conversar com a esposa, abandonou tudo para aproximar-se de Deus. Como peregrino, vagou de cidade em cidade até chegar em Edessa, na Síria, onde ficou por algum tempo. Vivia como um piedoso mendigo ao lado da basílica do Apóstolo Tomé, repartindo com os pobres à noite as esmolas que recebia durante o dia. Diversos prodígios aconteciam com a sua presença, diz a lenda que um ícone da Virgem Maria na Igreja de Edessa, ordenou para mandar entrar na igreja aquele mendigo e ser considerado um santo, a voz espalhou-se rapidamente entre o povo dos fiéis, que começaram a adorá-lo e por isso passou a ser chamado de "o homem de Deus" e venerado por sua santidade. Mas teve de abandonar a cidade, porque desejava continuar no anonimato.

Retornou para a vida de peregrino. Sofreu tanto que ficou transfigurado. Quando em Roma, foi para a casa do pai e disse: "Tende compaixão deste pobre de Jesus Cristo e permita-me ficar em algum canto do palácio". Não tendo reconhecido o próprio filho, ele o acolheu e mandou que o levasse para cuidar da cocheira dos animais. Viveu assim durante dezessete anos, morando embaixo da escada do seu próprio palácio, sendo maltratado pelos seus próprios criados e sem ser identificado pelos pais.

Diz à tradição que certo dia o Papa Inocêncio I estava celebrando uma missa para o Imperador, e ouviu uma voz dizer: “Procure o Homem de Deus”. Guiado pela voz ele e o imperador foram a casa de Eufemiano e  quando lá chegaram encontraram Santo Aleixo morto e envolto em roupas rasgadas e debaixo de uma escada e na mão segurava um pergaminho com o seu nome e sua história. Era o ano de 404.

Seu amor e caridade aos pobres eram notáveis. Diz a tradição que ele curava várias doenças apenas com sua benção e oração.


A fama de sua história e de "homem de Deus" espalhou-se entre os cristãos romanos e orientais, difundindo rapidamente o seu culto.

Segundo uma antiga tradição romana, a casa do senador ficava no monte Aventino. Em 1217, durante a construção da igreja dedicada a são Bonifácio, neste local as relíquias de santo Aleixo foram encontradas. Por tal motivo o papa Honório III decidiu que ela seria dedicada a santo Aleixo.
No século XV, os Irmãos de Santo Aleixo elegeram-no como patrono. Em 1817, a Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria nomeou-o seu segundo patrono, como exemplo de paciência, humildade e de caridade a ser seguido. A Igreja manteve o dia de sua festa no dia 17 de julho, como sempre foi celebrada pela antiga tradição cristã.

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