quarta-feira, 25 de maio de 2016

Maria de Nazaré - Mãe da Simplicidade



Maria de Nazaré - Mãe da Simplicidade

E, partindo dali, chegou à sua pátria, e os seus discípulos o seguiram.
E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm estas coisas? e que sabedoria é esta que lhe foi dada? e como se fazem tais maravilhas por suas mãos?
Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.
E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus parentes, e na sua casa.
E não podia fazer ali nenhuma obra maravilhosa; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.
E estava admirado da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando.
(Mc 6,1-6)

Maria de Nazaré é alguém de nossa raça. Como os demais seres humanos, nasceu e viveu num contexto histórico, social, econômico, político e cultural.
Como as outras mulheres, sua natureza humana se desgastou; viu-se atingida pelas inclemências dos anos e envelheceu. Não viveu segregada e protegida. Não é fácil conhecer a história de Maria com objetividade, uma vez que as fontes são os Evangelhos, nos quais os fatos históricos já se apresentam interpretados a partir da fé. Não se deve, porém esquecer essa história que há de ser ponto de partida insubstituível em toda reflexão mariológica.
No Novo Testamento há diversas tradições. Maria é referência indireta nos escritos paulinos. Marcos a apresenta como mulher do povo e participante de sua mentalidade. Os Evangelhos da infância apresentam uma teologia bem elaborada sobre a fisionomia espiritual da Virgem, enquanto o quarto evangelista destaca sua fidelidade e seu significado na comunidade cristã.
De todas essas interpretações podemos concluir:
– Maria foi uma mulher simples do povo e sensível às necessidades dos pobres.
Embora os Evangelhos nada digam sobre os pais de Miryam, nome original de Maria, segundo a tradição eles se chamavam Joaquim e Ana. Vivia em Nazaré, um povoado sem renome e de má fama, na região norte chamada Galileia. Sua existência deve ter sido como a de qualquer outra jovem daquela cultura: arrumar a casa, ajudar os irmãos menores, e participar nas festas religiosas. Ainda se conserva em Nazaré a “fonte da Virgem”. Ali ela comentaria com as outras mulheres os acontecimentos e rumores de cada dia.

Contam os Evangelhos que Miryam estava prometida para ser esposa de um carpinteiro justo e honrado que se chamava José, e talvez tivesse emigrado da Judeia. Maria e José pertencem ao povo humilde, de modo que quando seus conterrâneos veem que Jesus fala tão bem, se admiram: “Mas não é este o filho do carpinteiro e de Maria?” (Mc 6,2).
Jesus Espeja

Oração

Santa Maria, mulher do dia-a-dia, talvez apenas Tu sejas capaz de compreender a nossa loucura de Te querer situar dentro dos confins da experiência trivial, que também nós vivemos, e que não é nenhum sinal de moda desse mundo...
Volta a caminhar discretamente conosco, ó criatura extraordinária, enamorada de normalidade, que antes de seres coroada Rainha do Céu, tiveste de mastigar o pó desta nossa pobre terra.
(Dom Tonino Bello – Bispo)


Maria de Nazaré, rogai por nós!

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