quarta-feira, 4 de maio de 2016

Maria, cheia de graça - Mãe da santidade


No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria.Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo. (Lc 1,26-28)

“Em Maria, “cheia de graça”, a Igreja reconheceu “a toda santa e imune de qualquer mancha de pecado” “enriquecida, desde o primeiro instante da sua conceição, com os esplendores duma santidade singular” (LG, 56).
Este reconhecimento requereu um longo itinerário de reflexão doutrinal, que levou por fim à proclamação solene do dogma da Imaculada Conceição.
O apelativo “que se tornou cheia de graça”, dirigido pelo anjo a Maria na Anunciação, alude ao excepcional favor divino concedido à jovem de Nazaré, em vista da maternidade anunciada, mas indicada de modo mais direto o efeito da graça e, por conseguinte santificada. A qualificação tem um significado muito denso, que o Espírito Santo jamais deixou de fazer com que fosse aprofundado pela Igreja.
Na saudação do anjo a expressão “cheia de graça” tem quase o valor de nome: é o nome de Maria aos olhos de Deus. No uso semítico, o nome exprime a realidade das pessoas e das coisas a que se refere. Por conseguinte, o título “cheia de graça” manifesta a dimensão mais profunda da personalidade da jovem mulher de Nazaré, a tal ponto plasmada pela graça e objeto do favor divino, que pode ser definida por esta especial predileção.
O Concílio recorda que a essa verdade aludiam os Padres da Igreja, quando chamavam a Maria “toda santa”, afirmando contemporaneamente que ela tinha sido “plasmada pelo Espírito Santo e tornada uma nova criatura” (LG, 56).
A graça, entendida no significado de “graça santificante” que opera a santidade pessoal, realizou em Maria a nova criação, tornado-a plenamente conforme ao projeto de Deus.
Deste modo, a reflexão doutrinal pôde atribuir a Maria uma perfeição de santidade que, par ser completa, devia necessariamente investir a origem da sua vida.
Na direção desta pureza original parece ter-se movido um bispo da Palestina, que viveu entre os anos 550 e 650, Theotókos de Livias. Ele, ao apresentar Maria como “santa e toda bela”, “pura e sem mancha”, alude ao seu nascimento nestes termos: “Nasce como os querubins, aquela que é dum barro puro e imaculado” (Panegírico para a festa da Assunção, 5-6).
Papa João Paulo II

Oração

Ave, ó alegria desejada
Ave, ó exultação das Igrejas.
Ave, ó nome inspirador de doçura.
Ave, ó rosto que irradia divindade e graça.
Ave, ó pedaço de lã salvífica e espiritual.
Ave, ó mãe de esplendor perpétuo e cheio de luz.
Ave, ó puríssima mãe de santidade.
Ave, ó fonte limpíssima da onda vivificante.
Ave, ó nova mãe de um mistério inefável.
Ave, ó criatura que em Ti trouxeste o Criador.
Ave, ó pequena morada que contiveste o Infinito.


Maria, cheia de graça, rogai por nós!

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