sexta-feira, 20 de maio de 2016

Beato Luis Talamoni

Reflexo fiel da misericórdia de Deus é o sacerdote Luís Talamoni. O mais ilustre dos seus alunos no Seminário Liceal di Monza, Achille Ratti, depois Papa Pio XI, definiu-o "pela santidade de vida, luz de ciência, grandeza de coração, perícia de magistério, ardor de apostolado e pelas benemerências cívicas a honra de Monza, pedra preciosa do clero ambrosiano, pai e guia de almas sem número". O novo Beato foi assíduo no ministério do confessionário e no serviço aos pobres, nos cárceres e especialmente aos doentes indigentes. Que fúlgido exemplo é ele para todos! Exorto a olhar para ele sobretudo os sacerdotes e a Congregação das Irmãs Misericordinas.
Papa João Paulo II – Homilia de beatificação – 21 de março de 2004

Padre Luís ensinou no Colégio São Carlos de Milão, de 1875 até sua morte, no Seminário de bacharelado de Monza. Seus alunos, entre os quais o futuro Papa Pio XI, o viam como um grande mestre, exemplo de ativa vida sacerdotal.
Sua frequente pregação foi sempre frutuosa, porque em seu coração teve muito amor por Deus e pelos homens. Na catedral de Monza confessou por muito tempo, cada dia, por 50 anos; foi um verdadeiro “mártir” do confessionário. Sempre acolheu com admirável paciência às pessoas aflitas que pediam conselho e consolo; suas bênçãos obtiveram graças do Senhor.
Quis muito bem aos enfermos, especialmente aos mais necessitados espiritualmente. Sua caridade era imensa: era tudo para todos.
A opinião pública sempre o considerou como o melhor dos cidadãos de Monza.

Nascido em Monza (Itália), a 3 de Outubro de 1848, segundo dos seis filhos de uma família modesta mas com sólidos valores cristãos que transmitiram aos seus filhos. Em casa recitava-se o rosário todos os dias e o pai participava diariamente na Missa, levando consigo o pequeno Luís, que vendo-o servir no altar, sentia crescer o desejo de servir Deus e os irmãos no ministério sacerdotal. Fez os estudos primários e a Primeira Comunhão e a Crisma (1 de Julho de 1861), no Oratório de Monza.

Dessa maneira, Luís entrou em contato com as experiências mais entusiasmantes da pastoral juvenil daquele tempo. De fato, naqueles anos, na Diocese de Milão assistia-se a um incremento de Oratórios, lugares onde os rapazes se encontravam diariamente para experimentar uma vida fraterna e empenhativa, de formação humana e cristã, de alegria e de espiritualidade, onde ele amadureceu a própria vocação para o sacerdócio e para o compromisso, como Membro da Comissão Católica de Monza, na defesa do melhoramento das condições sociais e dos mais desfavorecidos.
O Oratório de Carrobiolo tornou-se naquele tempo (1859) um Seminário para os pobres:  quem manifestasse o desejo de se tornar sacerdote (não só diocesano), e não possuísse os meios econômicos para realizar essa chamada, encontrava lá a possibilidade de estudar, de conduzir uma experiência fraterna com uma possibilidade de empenho pastoral.
Luís Talamoni viveu em Carrobiolo até 1865, quando ingressou no Seminário Teológico Diocesano de Milão. Enfrentando enormes dificuldades, concluiu os seus estudos teológicos e iniciou aqueles para os quais era destinado:  Letras e Filosofia na Academia Científico-Literária, onde soube conquistar a confiança e a estima também dos professores anticlericais, que dominavam na Academia.
No dia 4 de Março de 1871, Luís Talamoni foi ordenado Sacerdote. Momento de grande alegria, mas também de tristeza:  na noite do mesmo dia, o seu pai foi atingido por uma paralisia que o afligiu por mais de quinze anos.
O Padre Luís foi enviado para o Colégio São Carlos de Milão como professor, onde teve como aluno (1874-1875) também Achille Ratti, o futuro papa Pio XI.

Fundou, juntamente com Maria Biffi Levati e Rosa Gerson, a Congregação das Irmãs Misericordinas, em Monza, no dia 25 de Março de 1891.

Faleceu, depois de uma breve enfermidade, a 31 de Janeiro de 1926.

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