sexta-feira, 6 de maio de 2016

Beata Ana Rosa Gattorno

"E, quando Eu for levantado da terra Jesus prometeu no Evangelho atrairei todos a Mim" (Jo 12, 32). 
Efetivamente, será do alto da Cruz que Jesus revelará ao mundo o amor ilimitado de Deus pela humanidade necessitada de salvação. Atraída irresistivelmente por este amor,  Ana Rosa Gattorno transformou a sua vida numa contínua imolação pela conversão dos pecadores e a santificação de todos os homens. Ser "porta-voz de Jesus", para fazer a mensagem do amor salvífico chegar a todos os lugares: eis o anseio mais profundo do seu coração!
Totalmente consagrada à Providência e animada por um destemido impulso de caridade, a Beata Ana Rosa Gattorno teve um único propósito, aquele de servir a Jesus nos membros dolorosos e feridos do próximo, com sensibilidade e atenção materna a todas as misérias humanas.
O singular testemunho de caridade, deixado pela nova Beata, ainda hoje constitui um encorajamento estimulante para quantos na Igreja estão comprometidos em transmitir, de maneira mais específica, o anúncio do amor de Deus que cura as feridas de cada coração e oferece a todos a plenitude da vida imortal.
Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 09 de abril de 2000

Ana Rosa Gattorno, religiosa, fundadora do Instituto das Filhas de Santa Ana, nasceu em Genova (Itália), no dia 14 de Outubro de 1831. Em 1852, com a idade de 21 anos, contraiu matrimonio com Jerônimo Custo e transferiu-se para Marselha (França). Uma imprevista crise financeira perturbou a felicidade da nova família, obrigada a retornar a Genova. A sua primeira filha, Carlota, afetada de repentina enfermidade, ficou surda-muda para sempre; e apesar da alegria de outros dois filhos, ela foi novamente abalada com o falecimento do esposo, após seis anos de matrimonio, e com a morte do seu último filho.

Estes acontecimentos marcaram a sua vida e levaram-na a uma mudança radical, a que ela chamara "a sua conversão", isto é, à entrega total ao Senhor. Orientada pelo seu confessor, emitiu de forma privada os votos perpétuos de castidade e obediência, precisamente na festa da Imaculada:  8 de Dezembro de 1858, e depois, como terciária franciscana, professou também o voto de pobreza. Viveu intimamente unida a Cristo, recebendo a Comunhão todos os dias, privilégio que naquele tempo era pouco comum. Em 1862 recebeu o dom dos estigmas ocultos, percebidos mais intensamente nas sextas-feiras.
Num clima de intensa oração, diante do Crucifixo, recebeu a inspiração de fundar uma Congregação religiosa:  "Filhas de Santa Ana, Mãe de Maria Imaculada". Depois de a ter escutado durante longo tempo, o Papa Pio IX confirmou-a na sua missão de Fundadora. Vestiu o hábito religioso no dia 26 de Julho de 1867 e a 8 de Abril de 1870 emitiu a profissão, com outras doze religiosas.

Com esta fundação, realizou muitas obras de atendimento aos pobres e doentes, às pessoas sozinhas, anciãs e abandonadas; cuidou da assistência às crianças e às jovens, proporcionando-lhes uma instrução religiosa e adequada, a fim de as inserir no mundo do trabalho. Assim, foram abertas muitas escolas para a juventude pobre e a promoção humano-evangélica, segundo as necessidades mais urgentes da época.
Sofreu inúmeras provas, humilhações, dificuldades e tribulações de todo o gênero, mas sempre confiou em Deus e, cada vez mais, atraía outras jovens para o seu apostolado. Assim, a Congregação difundiu-se rapidamente na Itália, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Eritreia, França e Espanha. Ana Rosa faleceu no dia 6 de Maio de 1900.


Madre Rosa escrevia: “Devem se empenhar para o incremento da Santa Fé”. “Pela obra do Senhor se deve andar sem descanso...” “Quantos existem que não Te conhecem e aqueles que Te conheceram, fogem de Ti por não te terem visto. Eu queria correr em todos os lugares e gritar forte que todos venham a amar-te”.

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