segunda-feira, 4 de maio de 2015

São Floriano

O mais antigo registro sobre Floriano foi encontrado num documento de doação datado do século VIII, através do qual o presbítero Reginolfo oferecia para a Igreja algumas propriedades de terras, dentre as quais, "as do lugar aonde foi enterrado o precioso mártir Floriano".

Floriano viveu na cidade de Mantem, próxima de Kems, Alemanha. Na época, Diocleciano era o imperador e Aquilino, o comandante do exército romano na região do Danúbio, atual Áustria, onde existiam numerosas colônias do Império e vários batalhões de soldados que faziam sua defesa. Floriano era militar em um desses batalhões.

Os legionários romanos cristãos foram muito importantes, porque levaram a fé de Cristo às regiões mais remotas do Império Romano, pagando por essa difusão com a própria vida. Famosos e numerosos foram os mártires que pertenceram a essas legiões, mortos sob a perseguição do imperador Diocleciano no início do século IV. Entre eles encontramos Floriano e seus companheiros.

Diocleciano foi um fanático inimigo da Igreja. Desencadeou a mais longa e duradoura perseguição contra ela, na intenção de varrer todos os vestígios do cristianismo. Contava, para isso, com a ajuda de seu genro Galério, colega nas armas e no domínio do Império.

Foi dele o decreto que proibia qualquer tipo de culto cristão. Exigia que todos os livros religiosos, começando pela Bíblia Sagrada, fossem queimados e ampliou a perseguição para dentro do seu próprio exército. Os soldados eram obrigados a prestar juramento de fidelidade ao imperador e levar oferendas aos ídolos, sob pena de morte.

Nesta época, Floriano era administrador militar da cidade de Noricum sendo cristão sem fazer nenhum alarde.
Diz a tradição que devido aos incêndios muito freqüentes na cidade, ele criou um pequeno pelotão para o combater os incêndios, que intitulava combatentes do fogo é daí a sua associação posterior com os bombeiros, e aqueles que nos protegem do fogo e também aos limpadores de chaminés.
Este último deve-se ao fato de que as chaminés mal limpas eram uma das causas incêndio naquela época.
Certa vez, um grande incêndio surpreendeu a vila de madrugada. O fogo se alastrou tão rapidamente que os soldados não tiveram tempo para combatê-lo. Por isso, ele fez uma oração pedindo a Deus um milagre. Em seguida, sentiu no coração o impulso de pegar um balde de água e atirá-la ao fogo. Quando fez isso, o fogo cessou imediatamente, para espanto de todos. Por causa disso, muitos soldados de sua legião se tornaram cristãos.

Com o decreto de Diocleciano, muitos militares recusaram obedecer à ordem do imperador e foram executados. Um deles foi Floriano, acompanhado por mais quarenta companheiros. Eles se apresentaram ao comandante Aquilino, do acampamento de Lorch, Áustria, para comunicar que eram cristãos e que não poderiam servir ao exército do imperador. Por esse motivo foram presos.

Durante o processo de julgamento, nenhum deles renunciou à fé em Cristo. Foram condenados a serem jogados no rio Ens, com uma pedra amarrada no pescoço. A sentença foi executada no dia 4 de maio de 304. O corpo de Floriano foi recolhido por uma senhora cristã, que o sepultou. No século VIII, sua veneração foi oficialmente introduzida na Igreja pelo Martirológio Romano, que manteve esta data para a festa litúrgica.

No local da sua sepultura construíram um convento beneditino. Mais tarde, passou para os agostinianos, que difundiram a sua memória e a de seus companheiros. O seu culto se popularizou rapidamente na Áustria e na Alemanha.

É o patrono dos Bombeiros e protetor das pessoas envolvida em incêndios.

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