terça-feira, 12 de maio de 2015

Santos Nereu e Aquiles

Etimologicamente os nomes "Aquiles" e "Nereu", de  origem grega, significam respectivamente "força" e "me pertence".

Irmãos, ambos eram soldados servindo junto ao tribunal militar durante o governo do imperador Diocleciano. Tempo de grandes ataques contra os seguidores de Cristo.  No entanto, quanto mais aumentava o martírio, tanto mais florescia o cristianismo revestido com a força do testemunho vivo da verdade cristã.

Aquiles e Nereu eram soldados que se encontravam  em meio a espadas, sangue e guerra quando converteram-se ao cristianismo. Diante disso, o dilema que se lhes apresentava não era fácil: se por um lado, renegassem sua fé e adorassem os ídolos, se livrariam da morte. Por outro, se abandonassem o exército, seriam mortos, já que as regras militares eram muito rigorosas nesse sentido.
Inflamados, porém, pela lembrança de Jesus Crucificado e das convicções que lhes enchia o coração, não era difícil prever o inevitável desenlace por amor a Deus e à Igreja.  Cumpriam perfeitamente com seu dever de militares, mas passaram a se apresentar como dois jovens fervorosos, fazendo orações ao Deus dos cristãos, tornando-se comunicadores exemplares da Palavra de Deus. 

Finalmente decidiram abandonar o exército. Não tardou que fosse decretado o exílio na ilha de Ponza, onde permaneceram ambos a serviço de Flávia  Domitila, sobrinha do cônsul Flávio Clemente, com a qual partilharam as tribulações advindas pelas ordens imperiais. 
O historiador Eusébio diz que esta nobre dama de Roma fora enviada ao desterro por ordem de Domiciano porque também proclamara sua fé em Jesus Cristo. Segundo São Jerônimo "o exílio foi tão cruel e longo que isto por si só já lhes serviria de martírio".  Foram condenados à morte, entregando gloriosamente a alma  pelo  fogo e pela  espada. 

O Papa São Dâmaso escreveu no ano 400 a  seguinte inscrição na tumba dos  dois mártires: 
"Nereu e Aquiles pertenciam ao exército do imperador.  Porém, se negaram a  cumprir certas ordens que a eles  pareciam cruéis.  Ao converter-se ao cristianismo abandonaram toda violência e preferiram ter que abandonar o exército antes que ser cruéis com  os outros. Proclamaram seu amor a Cristo nesta terra e agora gozam da amizade de Cristo na eternidade".

O Sepulcro dos santos  conserva-se no cemitério de via Ardeatina, onde há uma Basílica edificada em sua honra.


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